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POR QUE A UNIR TEVE DE ADOTAR O NOVO ENEM?
POR QUE A UNIR TEVE DE ADOTAR O NOVO ENEM? * Victória Bacon O reitor da UNIR, professor José Januário Amaral tinha declarado em 09 de maio, que o Conselho Superior Acadêmico da UNIR tinha decidido em não aceitar o novo ENEM no processo de seleção de seus discentes. Passados mais de 50 dias do anúncio do magnífico reitor, a professora Nair Gurgel do Amaral, pró-reitora de graduação, anunciou que a universidade adotará o novo ENEM para preenchimento de 10% das vagas dos cursos de graduação. Por que todo este alarme desnecessário se a universidade através dos conselhos superiores da instituição poderia ter anunciado a adesão parcial ao ENEM juntamente as outras 43 instituições federais de ensino superior? Fica clara a evidência da desorganização administrativa da instituição em possibilitar uma possibilidade de integração acadêmica com a adesão ao novo ENEM. Tanto o reitor da UNIR, quanto a pró-reitora de graduação, deixaram vago a justificativa por aderir ao Enem no percentual mínimo (10% das vagas). Com toda convicção que tenho como pensadora dos assuntos educacionais e do mundo universitário, o Ministério da Educação não aceitou a justificativa da UNIR em que seu reitor declarou que ? alunos oriundos de outras regiões do Brasil onde possuem melhor qualidade de ensino poderiam ocupar as vagas dos alunos rondonienses?. È certo que tal justificativa não poderia ser aceita. Primeiramente por que as principais instituições de ensino superior da Região Norte vão aderir ao ENEM como UFAM e UFAC e possuem problemas educacionais e culturais tanto quanto o nosso. A UNIR não elabora seu próprio vestibular demonstrando sua incapacidade acadêmica de selecionar seus discentes e cabendo a UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) esta responsabilidade o que me causa muita estranheza, pois os mais concorridos cursos como Medicina, Direito e Engenharia nos dois últimos vestibulares vêm sendo ocupado por centenas de estudantes do Estado do Mato Grosso. Então, por que o magnífico reitor declara que as vagas da UNIR poderiam ser ocupadas por alunos de outras regiões do Brasil se isto já vem ocorrendo a exemplo de alunos de cursinhos do Mato Grosso? A questão que norteia todo este episódio da não adesão da UNIR ao novo ENEM se dá pela falta de preparo dos gestores da instituição em receber um grande fluxo de alunos oriundos de outros estados. Isto poderia causar transtornos a política centrista e fechada do reitor e de sua cúpula. O novo ENEM é a ferramenta mais essencial de democratizar o acesso. A UNIR é uma instituição federal que é financiada com dinheiro público federal, do Antônio que mora em Recife e compra seu feijão e da Ana que está lá em Pelotas e diariamente compra o pãozinho do café da manhã como todos os impostos federais dos mais de 200 milhões de brasileiros que fazem funcionar esta universidade e todas outras 56 instituições. Como um aluno de Rondônia poderá escolher uma universidade federal do nordeste ou do sul para concorrer a uma vaga através do novo ENEM, o mesmo direito se dá a um aluno de Curitiba ou de Belém de proletar uma vaga na UNIR. O novo ENEM vai mostrar o quanto a educação precisa se modernizar e se equiparar as exigências do mundo contemporâneo. As desigualdades regionais só vão acabar quando pensamentos típicos do novo reitor e de sua cúpula ?pensamento bairrista? também acabar. A prova de seleção da UNIR elaborada pela UFMT que vai aderir integralmente ao novo ENEM, (estranho não é?) é arcaica e tipicamente decoreba o que foge aos padrões da nova realidade educacional. Se nossa educação rondoniense não tem capacidade de preencher as vagas através do novo ENEM então quando isto vai ocorrer? O problema da qualidade da educação é algo a longo prazo e o novo ENEM vai mostrar o quanto os gestores do Governo de Rondônia e da SEDUC também conheçam as reais necessidades para que possa ser feito trabalho árduo e minucioso junto aos docentes das instituições de ensino médio afim que preparem seus alunos a esta nova realidade. Lembremo-nos que milhares de alunos rondonienses que desejam ingressar em outras universidades federais terão de aderir ao novo ENEM e não terão como optar. * Por Victória Bacon, professora da Rede Pública Estadual., Porto Velho-RO e-mail: victoriabacon2004@hotmail.com ...


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